27.10.05

Patriotism

Patriotism (lat. pátria, home country) is a mindset stamped by a deep-rooted and heartfelt connection with one’s own mother country or adopted country and which can be motivated by ancestry, ethnical, political and/or cultural affiliation. Patriotism differs clearly in its meaning from nationalism and chauvinism, since the term solely refers to the love one feels for his country and things related and never implies devaluation of other peoples or nations. However the term often gets a negativ connotation due to frequent political abuse throughout history, being wrongly equated with nationalism or chauvinism.

26.10.05

O5

On the outside wall, to the right of the main entrance of St. Stephan's Cathedral, a small "O5" is chiseled into its dark grey stone and protected under hard clear plexiglass. It is a simple but powerful symbol for freedom in Austria.
"O5" has come to symbolize all of the Austrian resistance movements during the years dominated by the Nazi occupation, though originally it was adopted by the O5 Group in 1944.
In German, Österreich (Austria) is spelled with two small dots over the "O" called an Umlaut, which is a contraction of "Oe". The "5" represents the fifth letter of the alphabet "e". Thus, the "Oe" became "O5" as a shortened symbol for Austria's resistance movements. (The name Oesterreich was outlawed in the Third Reich and replaced by Ostmark.) As a symbol, "O5" connects Austrians of different religions, political beliefs, racial and ethnic backgrounds, and occupations, who struggled against national socialism.
Following the annexation of Austria in 1938, known as the Anschluss in German, and continuing until the end of the War in 1945, 2,700 Austrians were tried and executed for their resistance activities, 16,493 Austrian resistors were murdered in concentration camps, 9,687 Austrians were executed in Gestapo jails, 6,420 Austrians were killed in prisons and jails in German occupied territory, and 65,459 Austrian Jews were murdered in ghettos and camps. 130,000 Austrians fled because of their political beliefs as well as for their religious, ethnic, or racial backgrounds and hundreds of thousands were imprisoned.

Impressions of Austria






The National Anthem of Austria



Land of mountains, land by the River,
Land of fields, land of cathedrals,
Land of hammers, of great future,
You are the home of great sons,
A nation blessed by its sense of beauty,
Highly praised Austria, highly praised Austria.

Strongly feuded for, fiercely fought for,
You are in the centre of the Continent,
Like a strong heart,
Since the earliest days you have borne
The burden of a higher mission
Much defied Austria, much defied Austria.

Watch us striding free and believing,
With courage, into new eras,
With will to work and full of hope,
In fraternal chorus let us take in unity
The oath of allegiance to you, our country,
Our much beloved Austria, our much beloved Austria.

Österreich

The Austrian Independence Treaty (complete form: Treaty for the re-establishment of an independent and democratic Austria), more commonly referred to as the Austrian State Treaty (Staatsvertrag), was signed on May 15, 1955 in Vienna at the Schloss Belvedere between the Allied occupying powers: France, the United Kingdom, the USA and the USSR, and the Austrian government and officially came into force on July 27, 1955.


Österreich ist frei!


The treaty re-established a free, sovereign and democratic Austria. The basis for the treaty was the Moscow Declaration of October 30, 1943.
The signators of the treaty were the foreign ministers of the time: Vyacheslav Molotov, John Foster Dulles, Harold MacMillan and Antoine Pinay on behalf of the Allies, and Leopold Figl as the Austrian Foreign Minister, as well as the four High Commissioners of the occupying powers.
As well as general regulations and recognition of the Austrian state, the minority rights of the Croat and Slovenian minorities are also expressly detailed. Anschluss (political union) with the new Germany, as had happened in 1938, was again forbidden and prohibition of National Socialism and other fascist organisations was confirmed. Furthermore, Austria announced that it would voluntarily declare itself permanently neutral after the enactment of the treaty.
Thus, Austrian neutrality is not technically part of the treaty, but is historically and politically linked with it.
As a result of the treaty the Allies quit Austrian territory on October 25, 1955. October 26 is celebrated as a national holiday (called the Day of the Flag until 1965). It is sometimes thought to commemorate the withdrawal of Allied troops, but in fact celebrates Austria's Declaration of Neutrality, which was passed on October 26, 1955.

2005 Jubilee Year
www.austria.info

24.10.05

United Nations Day


UNO - 60th Birthday

In 1945, representatives of 50 countries met in San Francisco at the United Nations Conference on International Organization to draw up the United Nations Charter. Those delegates deliberated on the basis of proposals worked out by the representatives of China, the Soviet Union, the United Kingdom and the United States at Dumbarton Oaks, United States, in August-October 1944. The Charter was signed on 26 June 1945 by the representatives of the 50 countries. Poland, which was not represented at the Conference, signed it later and became one of the original 51 member states.
The United Nations officially came into existence on 24 October 1945, when the Charter had been ratified by China, France, the Soviet Union, the United Kingdom, the United States and a majority of other signatories. United Nations Day is celebrated on 24 October each year.

Um crime na Ota

Com tanta aldrabice e burla diariamente à nossa volta já acreditamos em quase tudo. E assim também não nos custou nada acreditar num texto que andou a circular na Internet nos últimos tempos e deixámo-nos enganar com mais este embuste. O próprio Miguel Sousa Tavares fez questão de se distanciar claramente do texto e do seu conteúdo, em artigo publicado no jornal Público de 21 de Outubro, ao mesmo tempo que condena a difamação e calúnia de outrem, ainda mais feita a coberto do anonimato. Aqui vai o que parece ser o texto original e verdadeiro, que data já de 22 de Julho, e que, embora usando outros argumentos, chega às mesmas conclusões…
...estamos a ser f...!!!

Luís Campos e Cunha foi a primeira vítima a tombar em virtude desses crimes em preparação que se chamam aeroporto da Ota e TGV. Não se pode pedir a alguém que vem do mundo civil, sem nenhum passado político e com um currículo profissional e académico prestigiado que arrisque o seu nome e a sua credibilidade em defesa das políticas financeiras impopulares do Governo e que, depois, fique calado a ver os outros a anunciarem a festa e a deitarem os foguetes.

Não se pode esperar que um ministro das Finanças dê a cara pela subida do IVA e do IRS, pelo aumento contínuo dos combustíveis e pelo congelamento de salários e reformas, que defenda em Bruxelas a seriedade da política de combate ao défice do Estado, e que, a seguir, assista em silêncio ao anúncio de uma desbragada política de despesas públicas à medida dos interesses dos caciques eleitorais do PS, da sua clientela e dos seus financiadores.

O afastamento do ministro das Finanças e a sua substituição por um homem do aparelho socialista é mais do que um momento de descredibilização deste Governo, de qualquer Governo.

É pior e mais fundo: é um momento de descrença, quase definitiva, na simples viabilidade deste país. É o momento em que nos foi dito, para quem ainda alimentasse ilusões, que não há políticas nacionais nem patrióticas, não há respeito do Estado pelos contribuintes e pelos portugueses que querem trabalhar, criar riqueza e viver fora da mama dos dinheiros públicos; há, simplesmente, um conúbio indecoroso entre os dependentes do partido e os dependentes do Estado.

Quando oiço o actual ministro das Obras Públicas - um dos vencedores deste sujo episódio - abrir a boca e anunciar em tom displicente os milhões que se prepara para gastar, como se o dinheiro fosse dele, dá-me vontade de me transformar em "off-shore", de desaparecer no
cadastro fiscal que eles querem agora tornar devassado, de mudar de país, de regras e de gente.

Há anos que vimos assistindo, num crescendo de expectativas e de perplexidade, ao anunciar desses projectos megalómanos que são o TGV e o aeroporto da Ota. O mesmo país que, paulatinamente e desprezando os avisos avulsos de quem se informou, foi desmantelando as
linhas-férreas e o futuro do transporte ferroviário, os mesmos socialistas que, anos atrás, gastaram 120 milhões de contos no projecto falhado dos comboios pendulares, dão-nos agora como solução mágica um mapa de Portugal rasgado de TGV de norte a sul.

Mas a prova de que ninguém estudou seriamente o assunto, de que ninguém sabe ao certo que necessidades serão res pondidas pelo TGV, é o facto de que, a cada Governo, a cada ministro que muda, muda igualmente o mapa, o número de linhas e as explicações fornecidas.

E, enquanto o único percurso que é economicamente incontestável - Lisboa-Porto - continua pendente de uma solução global, propõe-nos que concordemos com a urgência de ligar Aveiro a Salamanca ou Faro a Huelva por TGV (quantos passageiros diários haverá em média para irem
de Faro a Huelva - três, cinco, sete mais o maquinista?).

Quanto ao aeroporto da Ota, eufemisticamente baptizado de Novo Aeroporto Internacional de Lisboa, trata-se de um autêntico crime de delapidação de património público, um assalto e um insulto aos pagadores de impostos. Conforme já foi suficientemente explicado e
suficientemente entendido por quem esteja de boa-fé, a Ota é inútil, desnecessário e prejudicial aos utentes do aeroporto de Lisboa.

E, como o embuste já estava a ficar demasiadamente exposto e desmascarado, o Governo Sócrates tratou de o anunciar rapidamente e em definitivo, da forma lapidar explicada pelo ministro das Obras Públicas: está tomada a decisão política, agora vamos realizar os
estudos.

Mas tudo aquilo que importa saber já se sabe e resulta de simples senso comum:

- basta olhar para o céu e comparar com outros aeroportos para perceber que a Portela não está saturada, nem se vê quando o venha a estar, tanto mais que o futuro passa não por mais aviões, mas por maiores aviões;

- em complemento à Portela, existe o Montijo e, ao lado dela, existe uma outra pista, já construída, perfeitamente operacional e que é uma extensão natural das pistas da Portela, que é o aeroporto militar de Alverca - para onde podem ser desviadas todas as "low cost", que não
querem pagar as taxas da Portela e menos ainda quererão pagar as da Ota;

- porque a Portela não está saturada, aí têm sido gastos rios de dinheiro nos últimos anos e, mesmo agora, anuncia-se, com o maior dos desplantes, que serão investidos mais meio bilião de euros, a título de "assistência a um doente terminal", enquanto a Ota não é feita;

- os "prejuízos ambientais", decorrentes do ruído que, segundo o ministro Mário Lino, afectam a Portela são uma completa demagogia, já que pressupõem não prejuízos actuais, mas sim futuros e resultantes de se permitir a urbanização na zona de protecção do aeroporto;

- a deslocação do aeroporto de Lisboa para cerca de 40 quilómetros de distância retirará à cidade uma vantagem comercial decisiva e acrescentará despesas, consumo de combustíveis, problemas de trânsito na A1 e perda de tempo à esmagadora maioria dos utentes do aeroporto,
com o correspondente enriquecimento dos especuladores de terrenos na zona da Ota, empreiteiros de obras públicas e a muito especial confraria dos taxistas do aeroporto.

O negócio do aeroporto é tão obviamente escandaloso que não se percebe que os candidatos à Câmara de Lisboa não façam disso a sua bandeira de combate eleitoral e que, à excepção de Carmona Rodrigues, ainda nem sequer se tenham manifestado contra. Carrilho já se sabe que não pode, sob pena de enfrentar o aparelho socialista e os interesses a ele associados, mas os outros têm obrigação de se manifestarem forte e feio contra esta coisa impensável de uma capital se ver roubada do seu aeroporto para facilitar negócios particulares outorgados pelo Estado.

A Ota e o TGV, que fizeram cair o ministro Campos e Cunha, são um exemplo eloquente daquilo que ele denunciou como os investimentos públicos sem os quais o país fica melhor.

Como o Alqueva, à beira de se transformar, como eu sempre previ, num lago para regadio de campos de golfe e urbanizações turísticas, ou os pendulares do ex-ministro João Cravinho, ou os estádios do Euro, esse "desígnio nacional", como lhe chamou Jorge Sampaio, e tão
entusiasticamente defendido pelo então ministro José Sócrates. Os piedosos ou os muito bem intencionados dirão que é lamentável que não se aprenda com os erros do passado. Eu, por mim, confesso que já não consigo acreditar nas boas intenções e nos erros de boa-fé. Foi dito,
escrito e gritado, que, dos dez estádios do Euro, não mais de três ou quatro teriam ocupação ou justificação futura.

Não quiseram ouvir, chamaram-nos "velhos do Restelo" em luta contra o "progresso". Agora, os mesmos que levaram avante tal "desígnio nacional", olham para os estádios de Braga, Bessa, Aveiro, Coimbra, Leiria e Faro, transformados em desertos de betão e num encargo
camarário insustentável, e propõem-nos um TGV de Faro para Huelva e um inútil aeroporto para servir pior os seus utilizadores, e querem que acreditemos que é tudo a bem da nação?

Não, já não dá para acreditar. O pior que vocês imaginam é mesmo aquilo que vêem. Este país não tem saída. Tudo se faz e se repete impunemente, com cada um a tratar de si e dos seus interesses, a defender o seu lobby ou a sua corporação, o seu direito a 60 dias de férias, a reformar-se aos 50 anos ou a sacar do Estado consultorias de milhares de contos ou empreitadas de milhões.

E os idiotas que paguem cada vez mais impostos para sustentar tudo isto. Chega, é demais!

Miguel Sousa Tavares
POL nº 5597 | Sexta, 22 de Julho de 2005

21.10.05

Per riflettere...

Redescoberta algures nas memórias do João Balão e por ele partilhada com os leitores do seu blog vai aqui uma frase que mais vezes devíamos ter presente na altura em que tomamos decisões que dão importância indevida a certas coisas da vida em detrimento da atenção que damos às verdadeiramente importantes.

"L’importante é che la morte ci trovi vivi!"

Para quem tem destas rotinas: Juntar a frase a seguir ao "amém" na oração da manhã;
Para quem não tem: Dizer "amém" a seguir à frase, todas as manhãs;

19.10.05

E hoje os parabéns vão para...

Vinícius de Moraes (October 19, 1913 - July 9, 1980), born as Marcus Vinícius da Cruz de Melo Moraes in Rio de Janeiro, Brazil, was a seminal figure in contemporary Brazilian music. As a poet, he wrote lyrics for a great number of songs that became all-time classics. He also was a writer, a composer and an interpreter. He worked with Tom Jobim, Luíz Bonfá, Elizeth Cardoso, João Gilberto, Baden Powell, Toquinho and many others. Beside his Brazilians partners, hundreds of international performers have recorded his more than 400 songs.

Vinícius de Moraes e Tom Jobim





Vinícius de Moraes, Gilberto Gil e Caetano Veloso







Vinícius de Moraes

Informação de tráfego:

Atenção: Na estrada X encontra-se um veículo avariado parado na berma, fora da faixa de rodagem. O condutor, ao verificar o problema no seu carro, deve o cuidado de encostar na faixa de segurança para não prejudicar a normal circulação do trânsito. O carro não está deformado, não está a deitar fumo ou a arder, o condutor não está a correr a volta do veículo a gritar e a rasgar as roupas, nem é possível observar nada, seja o que for, que possa ser do interesse de quem está a passar no local.
Verifica-se que as filas de trânsito lento actualmente já ultrapassam os 4 quilómetros de cumprimento…

AHHHHHHHHHHHHHHHHH!!!!!!!!!!!!!!!!!!

18.10.05

Happy Birthday, dear Wynton...


Well, I just found out by chance that today is Mr. Wynton Marsalis birthday (*18. October 1961). While Wynton is withou any doubt a remarkable musician, I have to admit, that I've always been more of a fan of his older brother Branford (* 26. August 1960). Maybe just because he plays the saxophone. Maybe because he seems less stiff than his brother. Maybe because we had a chat at the Randy Brecker concert last year in Estoril (No, I didn´t tell him I played the saxophone myself!). Maybe because I loved his concert the next day and didn't really enjoy Wyntons concert in Vienna that much some years earlier. But someone with this kind of a carreer certainly deserves all our respect. At 19 he was invited to join the Art Blakey's Jazz Messengers. In 1982 he started his solo carreer and has recorded over 40 albums since...
Happy Birthday! Blow that horn ol' boy!

Wynton Marsalis

13.10.05

Ainda: eleições...

...ou outra vez: eleições. Para todos que andam cá com uma cara...
Mal acabaram umas é melhor começar já a pensar nas próximas...

12.10.05

Julian Beever


This genius from the UK is famous for his pavement drawings. Specially for his anamorphic illusions drawn in a special distortion in order to create an impression of 3 dimensions when seen from one particular viewpoint.


You can check out his site here.

Este também deve ter qualquer coisa de budista! ;-)

10.10.05

Resultado das eleições

Não, não se trata dos resultados políticos. Estes já não surpreendem ninguém. Trata-se de outra consequência destas eleições. Hoje as minhas filhas (e provavelmente milhares de miúdos pelo país fora) não têm aulas. A escola foi local de assembleia de voto. Portanto, as salas de aula precisam de ser limpas e arrumadas para que possam novamente servir para as actividades a que se destinam. Siiiiiiiiiim? Eeeeeeee? Das 19:00 da tarde, horário do fecho das urnas, às 9:00 da manhã seguinte, hora de início das aulas, não dá tempo para proceder a estas limpezas e arrumações???!!!
Mais um dia sem aulas. Contando com os dias de greve dos professores, de greve das auxiliares de acção educativa, de greve das funcionárias da cozinha e do jardineiro, dos dias em que faltou a água (por greve de alguém ou também não), um dia de ponte para cada feriado, os dias que são indispensáveis para reuniões, planeamento e avaliações e outras desculpas, e os dias em que faltam professores pelas mais variadas e mirabolantes razões e sem substitutos disponíveis, resta realmente muito pouco tempo para aulas com o mínimo de estabilidade e estrutura. Assim sendo as aulas de inglês (ou coisa parecida) ou de educação física (sem espaços adequados, nem para a sua realização, nem para a higiene posterior) têm que ser realizadas fora do horário lectivo, para a matemática é preciso criar programas especiais à tarde (para as crianças ou para os professores?), música, informática e outros temas desnecessários também passam para a tarde ou são eliminados do programa escolar (o que infelizmente, na verdade, pouca diferença faz). As crianças passam a ficar na escola até às 17:30, sem nenhuma mais valia e sem tempo para aprender a viver.
E se antes se aproveitasse melhor o tempo? E se se investisse a sério na formação das próximas gerações? As gerações de futuros líderes sociais e políticos, de futuros professores, cientistas, artistas e de futuros eleitores? Resta perguntar: Quem nasceu primeiro: o ovo ou a galinha?

4.10.05

l'information culturelle internationale


Here you can find the site of my very dear friend Miguel Serdoura. Miguel is a professional lute player. Miguel is from Portugal, but, to be able to carry out his work, he has been living in France and Switzerland, where he gets the recognition he deserves. Until the end of the year Miguel will be playing in France, Belgium, Germany and Portugal, so check him out if you get the chance!

3.10.05

Amor

Love is like a violin.
The music may stop now and then, but the strings remain forever.
(June Masters Bacher)

Saudades - Kaffehauskultur

Eu não bebo café. Eu não gosto de café – nunca fiz para gostar. Eu gosto do cheiro – mesmo não bebendo, faz me sentir quente por dentro. São as memórias relacionadas com o mesmo.
Eu gosto da arte e cultura à volta do café. Gosto, tal como gosto da arte e cultura à volta do vinho, do chá, da cerveja e de outras bebidas, do charuto ou do cachimbo, de extravagâncias culinárias e de outras desnecessidades que, por nos proporcionarem prazer, originaram à sua volta rituais e tradições para aperfeiçoar e enaltecer o mesmo, que por sua vez acabam as vezes por assumir maior importância que a própria razão da sua existência.
Na Áustria, principalmente em Viena, há uma complexa cultura do Kaffehaus – “casa do café” – desde 1685, que se mantém até aos dias de hoje e que contrasta fortemente com a bica bebida ao balcão, quase como se de um shot se tratasse, na maioria dos cafés em Portugal. É claro que isso também se deve ao ritmo de vida que aceitamos ter nos dias de hoje, mas na Áustria ainda assim para ir ao Kaffehaus é preciso ter tempo, é preciso arranjar tempo. Uma pessoa entra num ambiente diferente, selecto, e torna-se cliente. Cliente no verdadeiro sentido. Um garçom, vestido a rigor, preocupa-se com o seu bem-estar. Regista os seus desejos e procura satisfazê-los o melhor que sabe e pode. O ambiente é de calma. Nada de pressas. Os jornais do dia e revistas estão expostos para a escolha e leitura do cliente. Ninguém reclama quando o cliente pede um café e fica uma hora na leitura relaxada do jornal da sua preferência. As pequenas refeições tradicionais em nada mudaram nos últimos 300 anos e ainda hoje continuam nas preferências do povo, roubando clientela aos estabelecimentos de comida rápida. A variedade e qualidade da pastelaria são tão importantes como a variedade de cafés e em muito definam uma casa. Um café não é só um café – tem que vir num tabuleiro com o obrigatório copo com água, uma canequinha com leite ou natas e açúcar em cubos. O Kaffehaus é ponto de encontro de artistas, cientistas e intelectuais. É local de discussão política e de conversa sobre arte e cultura. O espaço serve para a divulgação de concertos, exposições, lançamentos de livros e peças de teatro. Frequentemente há música ao vivo, ou a apresentação de um livro, ou um serrão de leitura. Uma associação de proprietários e representantes da cidade preocupa-se com a conservação destas casas e suas tradições. Quando forem a Viena não vão só a correr para ver os monumentos – vão tomar um café (mesmo não bebendo café, como eu).

Kaffee

Und da tun die Portugiesen so als hätten sie den Kaffee erfunden und dann schütten sie sich nur den Expresso rein wie ein Stamperl Schnapps:

Kleines Kaffee ABC
Brauner: Schwarzer Kaffee mit Milch (groß oder klein).
Doppelmokka: Doppelt starker Kaffee in großer Mokkaschale.
Einspänner: Henkelglas mit schwarzem Kaffee, Obers und Staubzucker (Henkel weil der Fiaker mit einer Hand die Zügel halten mußte).
Espresso: Schwarzer Kaffee aus Espressomaschine (groß, klein).
Fiaker: Schwarzer Kaffee mit Kirschwasser oder Rum "aufgespritzt" plus Kirsche.
Franziskaner: Kleiner gestreckter Mokka (auch koffeinfrei) mit heißer Milch, Schlagobers und Schokostreusel.
"Glas Wasser": Wiener Hochquellenleitungswasser ohne Zusatz im Achtelglas, ohne Mehrkosten serviert.
"Intermezzo": Kleiner Mokka, mit heißer Schokolade und Creme de Cacao verrührt und Schlagobershaube mit Praline (evtl. Mokkabohnen).
Irish coffee: Wiskey und brauner Rohrzucker, mit starkem Kaffee aufgegossen und Schlagobershaube.
Kaffee koffeinfrei: Durch div. Methoden entkoffeinierter Kaffee, hergestellt wie Brauner.
Kaisermelange: Großer Mokka mit Eidotter, Honig und Cognac (Weinbrand) vermischt.
Kännchen Kaffee: Zwei Schalen leichter Kaffee nach deutschem Geschmacksmuster in kleiner Kanne serviert.
Kapuziner: Kleiner Mokka mit einigen Tropfen Ober (bis er Farbe der Kapuziner-Kutte annimmt)
Konsul: Großer Mokka mit einem Spritzer Obers.
Kosakenkaffee: Kleiner Mokka im Einspännerglas, vermischt mit Rotwein, Wodka und flüssigem Zucker.
Kurzer: Mokka, mit wenig Wasser zubereitet.
"Maria Theresia": Kleiner gestreckter Mokka mit zu gleichen Teilen Orangenlikör und Weinbrand, 2 Kaffeelöffel Rohrzucker; darüber Schlagobershaube, mit buntem Streuselzucker bestreut (im Laufglas serviert).
"Mazagran": Kalter Kaffee im Laufglas, vermengt mit Maraschino, Gewürzen, flüssigem Zucker und einem Eiswürfel versetzt.
Meisterkaffee: Schale Kaffee mit Weinbrand serviert.
Melange ("Wiener Melange"): 1/2 Mokkaschale, Kaffee mit 1/2 Schale durch Wasserdampf schaumig geblasener Milch vollendet.
Mokka (groß oder klein): Schwarzer Kaffee in großer oder kleiner Mokkatasse.
Mokka gespritzt: Mokka mit etwas Rum oder Weinbrand.
"Obermaier": Schwarzer, leicht gesüßter Kaffee, mit über Löffelrücken an den Rand gegossenen kaltem Obers. Wird heiß durch das kalte Obers getrunken.
Obers gespritzt: Mit wenig Kaffee versetztes flüssiges Obers.
Pharisäer: 4 cl Rum mit Kristallzucker in Einspännerglas verrührt, mit heißem Mokka aufgegossen und Schlagobershaube bedeckt (versteckt).
Schale Gold: Kaffee mit Obers zu goldbrauner Farbe komponiert, heller als Brauner.
Schwarzwälder Kaffee: Kleiner Mokka mit Schwarzwälder Kirsch und halb geschlagenem Obers (Einspännerglas).
Teeschale Obers gespritzt: Teeglas Milch mit einigen Tropfen Kaffee und Obers.
Türkischer: In Kupferkännchen aufgekochter feingemahlener Kaffee, samt Satz serviert, mit Zucker oder Rahat gesüßt.
Verlängerter: Kleiner Mokka, mit heißem Wasser auf großes "Mokkamaß" gebracht.
"Verkehrter": Im Teeglas wird ein kleiner Mokka mit geschäumter heißer Milch aufgefüllt.
Wiener Eiskaffee: Großer kalter Mokka mit Vanilleeis, Schlagobers und Staubzucker.

Saudades

Kaffeehaus (Café): Ausgehend von Konstantinopel wurden die ersten Kaffeehäuser in Europa in Venedig (1645), London (1652), Marseille und Hamburg (1671) sowie Paris (1672) eröffnet. Wien folgte erst 1685 mit dem von dem Griechen Johannes Theodat (Diodato) gegründeten Kaffeehaus. 1686 erhielten 3 ehemalige Kundschafter der 2. Türkenbelagerung Wiens (1683) ebenfalls das Privileg, darunter Georg Kolschitzky, der lange Zeit fälschlich als Begründer des Wiener Kaffeehauses galt. 1736 gab es neben weiteren so genannten "Hofbefreiten" (kaiserliches Privileg der Steuerfreiheit auf 20 Jahre) auch 19 bürgerliche Kaffeehäuser und ambulante "Wasserbrenner", die neben Rosolio (Gewürzlikör) auch Kaffee brannten und ausschenkten. Im Gegensatz zu den einfachen Wirtshäusern boten die bürgerlichen Kaffeehäuser (erstes 1697 von Isaak de Luca eröffnet) mehr Komfort und Service, so ab 1703 die ersten regelmäßig erscheinenden Zeitungen oder öffentliches Billard. Dadurch wurde das Wiener Kaffeehaus bald zu einer Institution des gesellschaftlichen Lebens. Die Erlaubnis, im Sommer Tische und Sessel vor dem Kaffeehaus aufzustellen, erhielt um 1750 erstmals der Cafetier Gianni Tarroni am Graben (von "Giannis Garten" leitet sich die Bezeichnung "Schanigarten" her). 1788 engagierte M. Wiegand für sein Café Bellevue beim Kärntnertor erstmals Musiker (Konzertcafé). Die Glanzzeit des Wiener Kaffeehauses war das Biedermeier, man begann die Kaffeehäuser luxuriös mit Spiegeln, Lustern, Plüsch und Silbergeschirr auszustatten (berühmt Neuners "Silbernes Kaffeehaus" in der Spiegelgasse). Das Kaffeehaus war zum Brennpunkt von Politik und Gesellschaft, Kunst und Literatur (Literatencafés) geworden. Es wurde geschäftlicher, privater und geselliger Treffpunkt, um dort zu reden, zu lesen (in- und ausländische Journale) oder zu spielen (Billard, Schach, Kartenspiele). Um 1870 kamen die Kaffeehäuser im Nobelprater an der Hauptallee in Mode. Weitere berühmte Kaffeehäuser waren das Café Dommayer (gegründet 1787), das Dobner (1796), das Café Volksgarten (1818), die Casa Piccola (1830), das Griensteidl (1847), das Café Central (1860), das Landtmann (1873), das Café Museum (1899), das Prückel (1903) und das Hawelka (1938). Das zu jeder Art von Kaffee servierte Glas Wasser wurde früher unaufgefordert nachgefüllt. Je nach der Mischung mit Milch oder Obers werden zahlreiche Varianten von Kaffee angeboten: klein, groß, verlängert, kurz, jeweils schwarz oder braun; Melange mehr licht oder mehr dunkel, Schale Braun oder Schale Gold, Kapuziner (mit Milch und Schlagobers), Franziskaner (Melange licht mit Schlagobers und Schokostreusel), g´spritzt heißt mit Rum ("Fiaker") oder Cognac, und "der Maria Theresia" enthält Orangenlikör; "Einspänner" wird ein Mokka mit Schlag im Glas genannt, eine Melange mit Eidotter nennt man "Kaisermelange". Nach 1950 schlossen viele Kaffeehäuser, doch kam es um 1990 zu einer Wiederbelebung der Kaffeehauskultur. 1994 gab es in Wien 1156 Kaffeehäuser und Café-Restaurants, 984 Espressi, 222 Café-Konditoreien und 89 Stehcaféschänken.
(aeiou – österreich lexikon)

D'ZRT

Ontem fui obrigado a ir ao Coliseu para ver os D’ZRT. Obrigado, nem que seja pela minha própria consciência, porque quem comprou o seu primeiro vinil aos dez anos de idade e quando este disco foi o 1º dos Nena (quem é que se lembra dos “99 Red Balloons”?), não tem condições morais para questionar as preferências musicais das suas filhas com 7 e 9 anos. E então lá fui eu ao Coliseu disposto a sofrer para realizar os desejos das minhas filhas e partilhar com elas a experiência do seu primeiro concerto de Pop/Rock. E sofri, e ainda estou a sofrer, as consequências físicas de uma aula de ginástica de aproximadamente duas horas, com uma criança de quase 40 kg sentada em cima dos meus ombros. Mas quanto ao espectáculo em si devo admitir que preciso de rever um preconceito, criado nos anos do grande surto de boys-bands em Portugal: 4 macacos (não sei porque são sempre quatro!?), com muito “estilo” (procura-se definições para este conceito muito relativo) e basicamente só isso, aos saltos num palco com muitas luzes, a mexer a boca numa sincronismo pouco convincente em relação ao play-back feito no computador lá de casa. E não só nas boys-bands em Portugal tem-se observado esta gritante falta de qualidade. Ainda a pouco tempo, no Live8, foi possível seguir as tristes actuações das bandas “novas”, na ocasião ainda mais obvias as suas limitações por comparação directa com as bandas da velha guarda. Os D’ZRT têm uma banda. Logo neste ponto ficam a ganhar. E têm uma banda consistente – guitarra, baixo, bateria – bons músicos. Deve haver aí uns samplers de vez em quando para encher, mas nada de play-backs. Nota-se a expressão, o sentimento, as dinâmicas na música que só um ser humano pode produzir, nunca uma máquina. Os quatro rapazes com muito estilo ;-) cantam. Eles cantam. Cantam mesmo e sabem cantar. Sabem dar o show para o público alvo (não contando com os acompanhantes adultos, parece-me que a média de idades deve muito dificilmente ultrapassar os 10 anos!) e dão 150% durante todo o concerto (só não digo que dão 200% porque já vi o “Emir Kusturica and the No Smoking Orchestra” ao vivo e na mesma sala e estes sim deram 200% ;-) ).
Não me vou tornar fã dos D’ZRT, mas não vou mais compará-los às péssimas boys-bands que durante tanto tempo nos atormentaram cá em Portugal. Não me vou tornar fã da música dos D’ZRT, mas já me custa muito menos aceitar, que as minhas filhas o são.
Bati palmas no meio das músicas e no fim. Bati palmas porque mereceram. Porque respeito um bom trabalho quando o vejo e pela alegria que deram às minhas filhas.