19.7.05

Saudades


Estoril, Portugal

Bergl, Austria











O mar e as montanhas exercem sobre o ser humano o mesmo tipo de força indefinível e inexplicável. O fascínio da dimensão da natureza frente ao nosso insignificante tamanho. A mesma atracção fatal de querer conquistar, de querer chegar ao topo, de querer atravessar, de desafiar a natureza e de descobrir os seus segredos. Sempre foi assim. Mas também foram sempre só alguns com coragem para ceder a esta força e ir à aventura, à procura. A maioria contenta-se em ficar sentado a deixar o olhar perder-se na vastidão, aceitando a inevitabilidade do ser e sonhando com o que se possa encontrar por detrás do horizonte.

Sentado numa praia a olhar para o mar.

Sentado num prado a olhar para as montanhas.

Não consigo viver sem isto.

Escolha impossível.

3 Comments:

Blogger A Burra Nas Couves said...

Uma das fortes razões pelas quais vivo à beira do Mediterrâneo, e a 2 horas de carro do Pirinéu. Não é para fazer inveja de nenhuma maneira, mas eu também não sei viver sem mar, e sem montanha próximo. Desde que vivi em Udine (itália), onde também estava "entalado" entre as montanhas do sul da Àustria, e a costa norte do Adriático. Entendo e partilho plenamente a sensação.

19/7/05 20:57  
Blogger Lusaut said...

Somos assim, os cidadãos do mundo...

19/7/05 21:15  
Blogger Cravo a Canela said...

Epá, podemos considerar a serra de Sintra como montanha? É que se assim fôr também estou "entalado"!

Mais a sério direi que a qualidade da escrita está a subir por estas bandas. E se há coisas que me emocionam, o amor à nossa terra (é incrível como pátria soa tão fascista!)é uma delas. A palavra casa tem muito que se lhe diga...

Rogério Charraz

21/7/05 13:44  

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