20.6.05

O que é preciso...

Passei os últimos dois fins-de-semana numa praia ao pé de casa algures entre Estoril e Cascais. As praias estão espectaculares, com muita areia colocada no início da época, com os concessionários cada vez mais preocupados com a qualidade dos espaços e dos serviços, com obras efectuadas atempadamente pelas câmaras e, quer me parecer, também com uma certa melhoria gradual na educação e nos comportamentos das pessoas em geral.
Ah, e ainda há outra coisa: a segurança nas praias da zona também tem vinda a melhorar gradualmente ao longo dos últimos anos… (Já agora, para quem queira entender, e em relação a ambas as afirmações: sem que tenha mudado de forma considerável o tipo de população que por aqui frequenta as praias…).
No entanto dei pela falta de uma presença já habitual no paredão ao longo dos últimos anos. Os agentes da PSP de BTT. Um meio de transporte amigo do ambiente e dos utentes das praias (sem ruído, nem emissões gasosas desagradáveis), agentes adaptados ao meio (seja pelo fardamento e equipamento, seja pelo espírito da “missão”) e uma eficácia tremenda pela proximidade às pessoas e pela facilidade de deslocação e intervenção.
A explicação: A segurança nas praias da zona tem vinda a melhorar ao longo dos últimos anos (acho que já tinha dito), até que no ano passado já não se terem registados incidentes de relevância. Portanto: Como não há incidentes (porque será?) podemos dispensar os agentes (lógico, não é!?!).



Maaaaaas! Para não desproteger por completo a zona das praias mandamos de tempos em tempos um carro (!) de patrulha a passar pelo paredão.




Notícia: Um rapaz ou rapariga (hoje em dia quem é que sabe dizer estas coisas com certeza?) de patins em linha, não identificado(a), com idade estimada entre os 10 e os 20 anos (hoje em dia quem é que sabe dizer estas coisas com certeza?), cabelo aloirado e pele escura (ficamos sem saber se foi um surfista bronzeado de Cascais (com o cabelo oxigenado?) ou um Cabo-verdiano com cabelo pintado (!) da Damaia) furtou a mala de praia da Dona Aurélia, de 68 anos, quando esta estava a passear o seu cãozinho (que, estando com diarreia, após ter partilhado a feijoada de marisco com a dona ao almoço, cagou a paredão todo desde Cascais até ao Tamariz). A Dona Aurélia, que ficou sem 10 Euros, um batom, um tubinho de creme solar, uma garrafa de água e um pente, começou logo a gesticular de forma exagerada a gritar histericamente pela policia, que por mero acaso, até se encontrava a circular no seu carro de patrulha a 5 km/h nas proximidades e que iniciou imediatamente a perseguição ao criminoso. Quando os agentes se aperceberam que o delinquente de patins era capaz de alcançar velocidades superiores a 5 km/h, optaram por activar a sirene e acelerar a fundo. Continuando assim a perseguição pelo paredão, mataram 32 peões, 3 cães, 3 ciclistas e uma gaivota coxa. Quando chegaram à curva antes das piscinas do Tamariz não conseguiram travar a tempo e foram parar à água destruindo por completo o veículo. (O criminoso já tinha saído do paredão pelo túnel da estação de Monte Estoril uns mil metros antes.)



O que é preciso…
…são mais uns “arrastões”.