Outra Sopa
Pesca: Redução do plâncton pode diminuir quantidade de sardinha
A quantidade de plâncton na costa portuguesa está a diminuir por causa das alterações climáticas e esse decréscimo poderá também conduzir à redução das comunidades de peixe, nomeadamente da sardinha, que ficará sem alimento.
O biólogo marinho Carlos Mendes está a terminar a tese de doutoramento entre Plymouth (Inglaterra) e Faro sobre as alterações das comunidades planctónicas nos últimos 50 anos e registou uma diminuição da quantidade de plâncton na costa portuguesa. O especialista português analisou dados de uma série temporal de plâncton que vai de 1958 a 2005, desde a fronteira com a Galiza até Lisboa, comparando depois com os dados de todo o Atlântico Norte. Nas conclusões preliminares, registou uma quebra na produção de plâncton - composto por fitoplâncton (microplantas) e zooplâncton (seres marinhos microscópicos) -, o que significa uma diminuição de alimento para os peixes juvenis.
O plâncton, além de ser a base da cadeia alimentar no mar, é um "bom indicador para nos informar sobre as alterações climáticas, por ter um período de vida muito curto e uma amplitude muito pequena de tolerância a estas alterações, denunciando de imediato qualquer mudança".
A crise de plâncton na costa portuguesa poderá repercutir
-se na quantidade de sardinha, assim como de todos os peixes juvenis que se alimentam de plâncton e, por sua vez, terá consequências em toda a cadeia alimentar marinha, esclareceu o investigador da Universidade do Algarve.
O estudo conclui ainda que está a registar-se a substituição de espécies existentes por outras de águas mais quentes. As causas são, mais uma vez, as alterações climáticas, que provocam o aumento de temperatura das águas. Um aumento das algas tóxicas causadoras de marés vermelhas, responsáveis pelo fecho da apanha de bivalves, é outra das conclusões a que chegou Carlos Mendes. Cecília Malheiro/Lusa no "Público".
A quantidade de plâncton na costa portuguesa está a diminuir por causa das alterações climáticas e esse decréscimo poderá também conduzir à redução das comunidades de peixe, nomeadamente da sardinha, que ficará sem alimento.
O biólogo marinho Carlos Mendes está a terminar a tese de doutoramento entre Plymouth (Inglaterra) e Faro sobre as alterações das comunidades planctónicas nos últimos 50 anos e registou uma diminuição da quantidade de plâncton na costa portuguesa. O especialista português analisou dados de uma série temporal de plâncton que vai de 1958 a 2005, desde a fronteira com a Galiza até Lisboa, comparando depois com os dados de todo o Atlântico Norte. Nas conclusões preliminares, registou uma quebra na produção de plâncton - composto por fitoplâncton (microplantas) e zooplâncton (seres marinhos microscópicos) -, o que significa uma diminuição de alimento para os peixes juvenis.
O plâncton, além de ser a base da cadeia alimentar no mar, é um "bom indicador para nos informar sobre as alterações climáticas, por ter um período de vida muito curto e uma amplitude muito pequena de tolerância a estas alterações, denunciando de imediato qualquer mudança".
A crise de plâncton na costa portuguesa poderá repercutir
-se na quantidade de sardinha, assim como de todos os peixes juvenis que se alimentam de plâncton e, por sua vez, terá consequências em toda a cadeia alimentar marinha, esclareceu o investigador da Universidade do Algarve.
O estudo conclui ainda que está a registar-se a substituição de espécies existentes por outras de águas mais quentes. As causas são, mais uma vez, as alterações climáticas, que provocam o aumento de temperatura das águas. Um aumento das algas tóxicas causadoras de marés vermelhas, responsáveis pelo fecho da apanha de bivalves, é outra das conclusões a que chegou Carlos Mendes. Cecília Malheiro/Lusa no "Público".
1 Comments:
http://ww1.rtp.pt/noticias/index.php?headline=98&visual=25&article=313468&tema=27
Enviar um comentário
<< Home